8.3.06
Pausa
Por agora, este projecto está suspenso. Os leitores que desejarem receber uma mensagem quando os Estudos estiverem novamente activos podem enviar um e-mail a solicitá-lo.
17.2.04
Propaganda(s) da Guerra Civil
[CARTAZES NACIONALISTAS - 1]
___________________________
Data: 1939
Medidas: 33 x 69 cm
..
[OBS] - Editado em Zaragoza, um cartaz de Arribas que apela à determinação da união nacionalista na Europa. Em período de pré-guerra mundial, a agitação em torno das alianças político-militares fazia-se, também, na propaganda difundida.
___________________________
Data: 1939
Medidas: 33 x 69 cm
..
[OBS] - Editado em Zaragoza, um cartaz de Arribas que apela à determinação da união nacionalista na Europa. Em período de pré-guerra mundial, a agitação em torno das alianças político-militares fazia-se, também, na propaganda difundida.
11.2.04
Judeus na Guerra Civil
O Nuno Guerreiro, do Rua da Judiaria, envia um contributo escrito sobre a participação de judeus na Guerra Civil espanhola. Como o próprio escreve na sua mensagem, perante o anti-semitismo crescente nos fascismos europeus, o conflito espanhol transformou-se numa necessidade imperativa para muitos judeus, especialmente os europeus e americanos. Devido à extensão dos textos originais, aqui ficam as ligações directas e o convite ao envio de mais informação sobre o tema:
«Volunteers in the Spanish Civil War saw the conflict as an opportunity to fight against international oppression. 'For the first time since Fascism began systematically throttling and rending all we hold dear', wrote Gene Wolman, a volunteer from New York, 'we are getting the opportunity to fight back.' [...]»
Fonte: ALBA - Educational Modules
--
«[...] It is now 60 years since he and thousands of other young men and women from Europe and North America left their homes to fight fascism in a foreign land. Almost 3,000 of those in the International Brigades were Americans; they became known as the Abraham Lincoln Brigade, of which some 900 died in action. Many brigade members were Jewish. [...]»
Fonte: J, the Jewish news weekly of Northern California
«Volunteers in the Spanish Civil War saw the conflict as an opportunity to fight against international oppression. 'For the first time since Fascism began systematically throttling and rending all we hold dear', wrote Gene Wolman, a volunteer from New York, 'we are getting the opportunity to fight back.' [...]»
Fonte: ALBA - Educational Modules
--
«[...] It is now 60 years since he and thousands of other young men and women from Europe and North America left their homes to fight fascism in a foreign land. Almost 3,000 of those in the International Brigades were Americans; they became known as the Abraham Lincoln Brigade, of which some 900 died in action. Many brigade members were Jewish. [...]»
Fonte: J, the Jewish news weekly of Northern California
9.2.04
Da universidade da Flórida do Sul
Chega a informação de que está em linha parte da história da participação de afro-americanos na Guerra Civil de Espanha.
________
«The story of African American volunteers in the SCW on the WWW
The story of African American volunteers in the Spanish Civil War s now on the World Wide Web.
As part of its ongoing web based educational series "For Your Liberty and Ours," ALBA had just released a new multimedia educational tool on African Americans in the Spanish Civil War. Free and accessible to all, "African Americans in the Spanish Civil War" is available at: http://www.alba-valb.org/curriculum/index.php?module=2
Co-authored by William Katz, Fraser Ottanelli and Chris Brooks, "African Americans in the Spanish Civil War" traces the experience of this group of US volunteers from their involvement in the political and social struggles of the 1920s and early 1930s to their decision to pursue their struggle against exploitation and racism on the battlefields of Spain. A final section traces their continued activism through the 1990s.
Of particular interest to educators and students are the short biographies (most of them with accompanying photographs) of every African American volunteer, the list of suggested readings for additional research, and the special section "Ask the Experts linked to hundred of scholars of the Spanish Civil War. In addition, "African Americans in the Spanish Civil War" makes available for the first time a complete (and downloadable) copy of Walter Garland's FBI file.
http://www.alba-valb.org/curriculum/index.php?module=2&page=P004»
________
«The story of African American volunteers in the SCW on the WWW
The story of African American volunteers in the Spanish Civil War s now on the World Wide Web.
As part of its ongoing web based educational series "For Your Liberty and Ours," ALBA had just released a new multimedia educational tool on African Americans in the Spanish Civil War. Free and accessible to all, "African Americans in the Spanish Civil War" is available at: http://www.alba-valb.org/curriculum/index.php?module=2
Co-authored by William Katz, Fraser Ottanelli and Chris Brooks, "African Americans in the Spanish Civil War" traces the experience of this group of US volunteers from their involvement in the political and social struggles of the 1920s and early 1930s to their decision to pursue their struggle against exploitation and racism on the battlefields of Spain. A final section traces their continued activism through the 1990s.
Of particular interest to educators and students are the short biographies (most of them with accompanying photographs) of every African American volunteer, the list of suggested readings for additional research, and the special section "Ask the Experts linked to hundred of scholars of the Spanish Civil War. In addition, "African Americans in the Spanish Civil War" makes available for the first time a complete (and downloadable) copy of Walter Garland's FBI file.
http://www.alba-valb.org/curriculum/index.php?module=2&page=P004»
28.1.04
Jornalistas portugueses na guerra
«Investigador defende que jornalistas portugueses fizeram jogo do franquismo
Por João Manuel Rocha
Os jornalistas portugueses que fizeram a cobertura noticiosa da guerra civil espanhola, entre 1936 e 1939, desempenharam um papel de "mercenários de uma propaganda ignóbil" contra a II República e funcionaram como "agentes de uma campanha internacional de apoio ao franquismo".
A ideia é defendida pelo investigador espanhol Alberto Pena Rodríguez, da Universidade de Vigo, num artigo publicado na revista "Media & Jornalismo" dedicado ao "Jornalismo em tempo de guerra", que hoje é apresentada em Lisboa (Livraria Bulhosa, 18h00). "A maioria dos correspondentes portugueses mostraram ser acérrimos defensores do salazarismo e, consequentemente, firmes apoiantes do franquismo", escreve no artigo "A guerra de propaganda de Salazar - Os correspondentes portugueses e a Guerra Civil de Espanha (1936-1939)".
Pena Rodríguez ressalva que "nem todos defenderam os rebeldes com a mesma paixão", mas invoca também, por exemplo, o testemunho de Norberto Lopes, chefe de redacção do "Diário de Lisboa" no tempo da guerra civil, ele próprio enviado a Espanha, quando, meio século depois, em 1986, numa entrevista ao "Diário de Notícias", afirmou que a atitude da imprensa portuguesa não foi naquele período "brilhante nem digna". Mas o académico não hesita em afirmar que, na sua maior parte, os enviados mostraram ser "acérrimos defensores do salazarismo e, consequentemente, firmes apoiantes do franquismo".
O condicionamento da informação era anterior ao trabalho jornalístico em si. "A decisão soberana de enviar este ou aquele jornalista para Espanha cabia, em última instância, ao Secretariado de Propaganda Nacional, mediante as propostas dos diversos órgãos de comunicação social, que além disso precisavam de um salvo-conduto da Representação da Junta de Burgos [chefiada pelo general Francisco Franco] em Lisboa."
Porquê um tal controlo? "Havia, evidentemente, demasiadas coisas em jogo para que o governo português se permitisse o descuido de deixar um jornalista sem o perfil devidamente moldado à ideologia do Estado Novo passar a fronteira e escrever a partir de Espanha em absoluta liberdade. O papel dos correspondentes portugueses estava longe de ser insignificante. Eles formavam parte da engrenagem propagandística da imprensa portuguesa e podemos considerar a sua função como essencial", escreve Pena Rodríguez.
O mote, escreve o académico, era que "a Rússia tencionava invadir Espanha e Portugal. E a sua [dos jornalistas] missão consistia em lutar pela liberdade da Península a partir das trincheiras do jornalismo".
Mais de três dezenas de enviados
A guerra de Espanha, recorda o investigador, implicou a deslocação de mais de três dezenas de jornalistas e fotógrafos dos principais jornais portugueses, que trabalharam em "território rebelde", leia-se franquista. E, apesar do "pendor ideológico", a cobertura que fizeram "foi uma das mais completas de entre todas as realizadas por jornalistas estrangeiros". Os portugueses "eram testemunhas fiéis, excelentes intérpretes do ideário fascista da Falange Espanhola. Glorificavam as vitórias dos rebeldes e enalteciam os seus comunicados, destacavam a obra social de Franco enquanto o identificavam com a verdadeira Espanha".
A simpatia com que os opositores da República eram tratados explica as facilidades dadas aos repórteres portugueses. Logísticas, mas também de acesso às fontes: a primeira entrevista de Franco após o golpe de 1936 foi dada ao "Diário de Lisboa", um "furo" que teve repercussão mundial.
Os enviados portugueses, nota o académico espanhol, "enviaram as suas crónicas a partir das múltiplas frentes da batalha, fazendo sempre interpretações parciais do conflito a favor dos rebeldes, de acordo com as directrizes fornecidas pelo governo do Estado Novo através do Secretariado de Propaganda Nacional".
A parcialidade dos jornalistas portugueses é ilustrada pelo exemplo de Leopoldo Nunes, que "não hesitou em reconhecer, numa das suas informações sobre a 'limpeza' rebelde entre os mineiros de Ríotinto, em Huelva, a sua colaboração com os militares insurrectos". Mais tarde, nos cartazes de promoção de um livro sobre a experiência de guerra, o mesmo jornalista surgiu de braço estendido em saudação fascista. [...]»
..
Fonte: Jornal Público, 28.Jan.04, Media, p. 44.
Por João Manuel Rocha
Os jornalistas portugueses que fizeram a cobertura noticiosa da guerra civil espanhola, entre 1936 e 1939, desempenharam um papel de "mercenários de uma propaganda ignóbil" contra a II República e funcionaram como "agentes de uma campanha internacional de apoio ao franquismo".
A ideia é defendida pelo investigador espanhol Alberto Pena Rodríguez, da Universidade de Vigo, num artigo publicado na revista "Media & Jornalismo" dedicado ao "Jornalismo em tempo de guerra", que hoje é apresentada em Lisboa (Livraria Bulhosa, 18h00). "A maioria dos correspondentes portugueses mostraram ser acérrimos defensores do salazarismo e, consequentemente, firmes apoiantes do franquismo", escreve no artigo "A guerra de propaganda de Salazar - Os correspondentes portugueses e a Guerra Civil de Espanha (1936-1939)".
Pena Rodríguez ressalva que "nem todos defenderam os rebeldes com a mesma paixão", mas invoca também, por exemplo, o testemunho de Norberto Lopes, chefe de redacção do "Diário de Lisboa" no tempo da guerra civil, ele próprio enviado a Espanha, quando, meio século depois, em 1986, numa entrevista ao "Diário de Notícias", afirmou que a atitude da imprensa portuguesa não foi naquele período "brilhante nem digna". Mas o académico não hesita em afirmar que, na sua maior parte, os enviados mostraram ser "acérrimos defensores do salazarismo e, consequentemente, firmes apoiantes do franquismo".
O condicionamento da informação era anterior ao trabalho jornalístico em si. "A decisão soberana de enviar este ou aquele jornalista para Espanha cabia, em última instância, ao Secretariado de Propaganda Nacional, mediante as propostas dos diversos órgãos de comunicação social, que além disso precisavam de um salvo-conduto da Representação da Junta de Burgos [chefiada pelo general Francisco Franco] em Lisboa."
Porquê um tal controlo? "Havia, evidentemente, demasiadas coisas em jogo para que o governo português se permitisse o descuido de deixar um jornalista sem o perfil devidamente moldado à ideologia do Estado Novo passar a fronteira e escrever a partir de Espanha em absoluta liberdade. O papel dos correspondentes portugueses estava longe de ser insignificante. Eles formavam parte da engrenagem propagandística da imprensa portuguesa e podemos considerar a sua função como essencial", escreve Pena Rodríguez.
O mote, escreve o académico, era que "a Rússia tencionava invadir Espanha e Portugal. E a sua [dos jornalistas] missão consistia em lutar pela liberdade da Península a partir das trincheiras do jornalismo".
Mais de três dezenas de enviados
A guerra de Espanha, recorda o investigador, implicou a deslocação de mais de três dezenas de jornalistas e fotógrafos dos principais jornais portugueses, que trabalharam em "território rebelde", leia-se franquista. E, apesar do "pendor ideológico", a cobertura que fizeram "foi uma das mais completas de entre todas as realizadas por jornalistas estrangeiros". Os portugueses "eram testemunhas fiéis, excelentes intérpretes do ideário fascista da Falange Espanhola. Glorificavam as vitórias dos rebeldes e enalteciam os seus comunicados, destacavam a obra social de Franco enquanto o identificavam com a verdadeira Espanha".
A simpatia com que os opositores da República eram tratados explica as facilidades dadas aos repórteres portugueses. Logísticas, mas também de acesso às fontes: a primeira entrevista de Franco após o golpe de 1936 foi dada ao "Diário de Lisboa", um "furo" que teve repercussão mundial.
Os enviados portugueses, nota o académico espanhol, "enviaram as suas crónicas a partir das múltiplas frentes da batalha, fazendo sempre interpretações parciais do conflito a favor dos rebeldes, de acordo com as directrizes fornecidas pelo governo do Estado Novo através do Secretariado de Propaganda Nacional".
A parcialidade dos jornalistas portugueses é ilustrada pelo exemplo de Leopoldo Nunes, que "não hesitou em reconhecer, numa das suas informações sobre a 'limpeza' rebelde entre os mineiros de Ríotinto, em Huelva, a sua colaboração com os militares insurrectos". Mais tarde, nos cartazes de promoção de um livro sobre a experiência de guerra, o mesmo jornalista surgiu de braço estendido em saudação fascista. [...]»
..
Fonte: Jornal Público, 28.Jan.04, Media, p. 44.
Cartazes nacionalistas
Contributo
20.1.04
Papel moeda na Guerra Civil
Colaboração de Sonia Dominguez.
___________________________
Quase todas as aldeias republicanas, desde os primeiros dias de Agosto de 1936, emitiram vales de papel moeda devido à escassez de moeda fraccionária. Nem o Governo republicano nem o respectivo Ministério autorizaram as emissões das Câmaras municipais, conselhos locais e cooperativas, mas estas moedas foram emitidas por uma falta evidente de dinheiro, para abastecer aos refugiados que fugiam do avanço dos rebeldes e, sobretudo, pela implantação do comunismo libertário, que aboliu o dinheiro como tal se conhecia até ao momento.
É desde 1937 que o Governo consente ou tolera estas emissões, dada a necessidade da população, mas sempre como medida provisional e enquanto o seu valor fosse entre cinco cêntimos e cinco pesetas.
O primeiro papel moeda [imagens 1 e 2] é da Unió de Cooperadores de Barcelona, que foi emitida dois meses depois do início da guerra. Estas uniões eram cooperativas formadas por gente que partilhava o seu desejo de autogestão, de participar nas decisões sobre o seu futuro, sem exploração, com respeito e solidariedade.
O segundo [imagens 3 e 4] é da Câmara Municipal de Llinars del Vallés, uma aldeia de Barcelona. Não é estranho que ambas sejam catalãs porque a Catalunha foi uma das regiões mais prolíficas na emissão de papel moeda, visto que se contabilizam 3.384 bilhetes diferentes.
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Clique aqui.
Imagem 4
Clique aqui.
___________________________
Quase todas as aldeias republicanas, desde os primeiros dias de Agosto de 1936, emitiram vales de papel moeda devido à escassez de moeda fraccionária. Nem o Governo republicano nem o respectivo Ministério autorizaram as emissões das Câmaras municipais, conselhos locais e cooperativas, mas estas moedas foram emitidas por uma falta evidente de dinheiro, para abastecer aos refugiados que fugiam do avanço dos rebeldes e, sobretudo, pela implantação do comunismo libertário, que aboliu o dinheiro como tal se conhecia até ao momento.
É desde 1937 que o Governo consente ou tolera estas emissões, dada a necessidade da população, mas sempre como medida provisional e enquanto o seu valor fosse entre cinco cêntimos e cinco pesetas.
O primeiro papel moeda [imagens 1 e 2] é da Unió de Cooperadores de Barcelona, que foi emitida dois meses depois do início da guerra. Estas uniões eram cooperativas formadas por gente que partilhava o seu desejo de autogestão, de participar nas decisões sobre o seu futuro, sem exploração, com respeito e solidariedade.
O segundo [imagens 3 e 4] é da Câmara Municipal de Llinars del Vallés, uma aldeia de Barcelona. Não é estranho que ambas sejam catalãs porque a Catalunha foi uma das regiões mais prolíficas na emissão de papel moeda, visto que se contabilizam 3.384 bilhetes diferentes.
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Clique aqui.
Imagem 4
Clique aqui.
Colóquio
CONVOCATORIA
V COLOQUIO INTERNACIONAL LA LITERATURA Y LA CULTURA DEL EXILIO REPUBLICANO ESPAÑOL DE 1939
El Centro Provincial del Libro y la Literatura de La Habana y su Casa del Escritor Habanero, convocan a participar en el V Coloquio Internacional La Literatura y la Cultura del Exilio Republicano Español de 1939 a celebrarse en La Habana entre los días del 12 al 15 de julio de 2004, con el propósito de tener un espacio de comunicación, reflexión y debate entre los interesados en el tema. En esta ocasión el
coloquio estará dedicado a homenajear al Ateneo Español de México.
Coauspiciadores:
Dirección Provincial de Cultura de La Habana.
Instituto Cubano del Libro.
Centro Cultural Pablo de la Torriente Brau.
Instituto de Literatura y Lingüística.
Sociedad Económica Amigos del País.
Grupo de Estudios del Exilio Literario (GEXEL) de la UAB, España.
Asociación para el Estudio de los Exilios y Migraciones Contemporáneas (AEMIC) Madrid, España.
Temas del Coloquio:
La Guerra Civil Española.
El exilio literario, cultural y científico republicano de 1939.
Trabajo bibliográfico (recuperación del patrimonio).
Crítica literaria y cultural sobre el exilio.
La mujer en el exilio.
Arquitectura, pintura, escultura, música y cine.
Pensamiento filosófico, pedagógico, científico y jurídico, instituciones.
Estudios históricos sobre el exilio.
Empresas editoriales del exilio. Publicaciones.
Proyecciones políticas de los exiliados.
El exilio interior.
El Fascismo – Corriente ideológica, política y social.
Actualidad y presencia del pensamiento fascista.
Consecuencias y ejemplos.
Admisión y presentación de resúmenes:
Un jurado de admisión seleccionará los resúmenes presentados con un texto no mayor de 250 palabras hasta el 15 de abril del 2004 acompañado de los siguientes datos:
Título.
Autor o autores. (Se acompañará de un breve curriculum).
Institución que representa.
Dirección particular y e-mail.
País.
Las decisiones serán informadas oportunamente a los autores que presentarán sus comunicaciones de la siguiente manera:
Se presentarán impresos (extensión máxima de 15 folios y formato word, letra Times New Roman, tamaño 12) y en soporte digital (disquetes) el 12 de julio al momento de la acreditación y como requisito indispensable para la participación.
La cuota de inscripción para los participantes será de $40.00 M.N. para los nacionales y $40.00 USD o EUROS para extranjeros e invitados. Estas cuotas serán abonadas en el momento de la acreditación el 12 de julio del 2004.
Para otros requerimientos o informes:
Dpto. de Relaciones Públicas
Casa del Escritor Habanero
Av. 41 No. 6204 e/62 y 64
San Antonio de los Baños, C.P. 32500 La Habana CUBA.
V COLOQUIO INTERNACIONAL LA LITERATURA Y LA CULTURA DEL EXILIO REPUBLICANO ESPAÑOL DE 1939
El Centro Provincial del Libro y la Literatura de La Habana y su Casa del Escritor Habanero, convocan a participar en el V Coloquio Internacional La Literatura y la Cultura del Exilio Republicano Español de 1939 a celebrarse en La Habana entre los días del 12 al 15 de julio de 2004, con el propósito de tener un espacio de comunicación, reflexión y debate entre los interesados en el tema. En esta ocasión el
coloquio estará dedicado a homenajear al Ateneo Español de México.
Coauspiciadores:
Dirección Provincial de Cultura de La Habana.
Instituto Cubano del Libro.
Centro Cultural Pablo de la Torriente Brau.
Instituto de Literatura y Lingüística.
Sociedad Económica Amigos del País.
Grupo de Estudios del Exilio Literario (GEXEL) de la UAB, España.
Asociación para el Estudio de los Exilios y Migraciones Contemporáneas (AEMIC) Madrid, España.
Temas del Coloquio:
La Guerra Civil Española.
El exilio literario, cultural y científico republicano de 1939.
Trabajo bibliográfico (recuperación del patrimonio).
Crítica literaria y cultural sobre el exilio.
La mujer en el exilio.
Arquitectura, pintura, escultura, música y cine.
Pensamiento filosófico, pedagógico, científico y jurídico, instituciones.
Estudios históricos sobre el exilio.
Empresas editoriales del exilio. Publicaciones.
Proyecciones políticas de los exiliados.
El exilio interior.
El Fascismo – Corriente ideológica, política y social.
Actualidad y presencia del pensamiento fascista.
Consecuencias y ejemplos.
Admisión y presentación de resúmenes:
Un jurado de admisión seleccionará los resúmenes presentados con un texto no mayor de 250 palabras hasta el 15 de abril del 2004 acompañado de los siguientes datos:
Título.
Autor o autores. (Se acompañará de un breve curriculum).
Institución que representa.
Dirección particular y e-mail.
País.
Las decisiones serán informadas oportunamente a los autores que presentarán sus comunicaciones de la siguiente manera:
Se presentarán impresos (extensión máxima de 15 folios y formato word, letra Times New Roman, tamaño 12) y en soporte digital (disquetes) el 12 de julio al momento de la acreditación y como requisito indispensable para la participación.
La cuota de inscripción para los participantes será de $40.00 M.N. para los nacionales y $40.00 USD o EUROS para extranjeros e invitados. Estas cuotas serán abonadas en el momento de la acreditación el 12 de julio del 2004.
Para otros requerimientos o informes:
Dpto. de Relaciones Públicas
Casa del Escritor Habanero
Av. 41 No. 6204 e/62 y 64
San Antonio de los Baños, C.P. 32500 La Habana CUBA.
4.1.04
A dificuldade da evidência histórica
«I have little direct evidence about the atrocities in the Spanish civil war. I know that some were committed by the Republicans, and far more (they are still continuing) by the Fascists. But what impressed me then, and has impressed me ever since, is that atrocities are believed in or disbelieved in solely on grounds of political predilection. Everyone believes in the atrocities of the enemy and disbelieves in those of his own side, without ever bothering to examine the evidence.»
George Orwell, Looking Back on the Spanish Civil War
George Orwell, Looking Back on the Spanish Civil War
3.1.04
Grupos e fracções: equivalências em inglês
2.1.04
A guerra civil em 1938
30.12.03
Homenagem a Orwell na Catalunha
Notícia enviada por Filinto Melo.
_________________________
«George Orwell é homenageado na Catalunha
Por Emma Graham-Harrison
GERONA, Espanha (Reuters) - Os ratos ainda infestam o sítio em que George Orwell se recuperou de um tiro no pescoço, mas restam poucos detalhes que indiquem ao visitante a visão arrepiante do escritor sobre um futuro totalitário.
Os turistas que visitam o noroeste da Espanha hoje ficam cativados por sua assombrosa arquitetura, suas belas praias e montanhas e a vibrante vida noturna. Mas foi uma viagem de seis meses à região, depois da Guerra Civil Espanhola, que ajudou Orwell a converter-se em um defensor da liberdade pessoal.
Foi ali que o autor de "1984" e "A Revolução dos Bichos" foi testemunha de desaparecimentos repentinos, censura e lutas violentas dos rebeldes de esquerda, nas quais morreram cerca de 4.000 pessoas, que serviram depois de base ao mundo apocalíptico de suas famosas histórias.
"Isto é obviamente um embrião de '1984', o terror, o ter que se esconder nas ruas, a censura", disse à Reuters Miguel Berga, especialista na obra de Orwell da Universidad de Barcelona e curador de um nova exposição sobre as experiências do escritor na Espanha.
"Viver em um Estado totalitário foi uma espécie de epifania para ele", disse.
Portanto, é possível que tenha sido o sítio o local inspirador para que Orwell utilizasse ratos para a tortura final do herói de "1984".
Orwell chegou à Espanha um pouco depois do Natal de 1936. Tinha 33 anos e estava disposto a sacrificar sua vida para lutar contra as tropas fascistas do general Francisco Franco, que finalmente triunfaram depois de uma guerra de três anos.
O escritor escapou seis meses antes do triunfo franquista, ferido, desiludido e perseguido. Ele escreveu a crônica de sua experiência nas trincheiras em "Homenagem à Catalunha".
"'Homenagem à Catalunha' vai além da política. Foi a primeira vez que ele realizou seu objetivo principal: fundir a política e a arte", disse Berga.
Agora, um século depois de seu nascimento, a Catalunha celebra sua visão e o seu tributo à região ibérica com a mostra "Viagem à Guerra -- George Orwell na Catalunha e na Frente de Aragón".»
..
Fonte: Reuters, Yahoo Notícias, 28.12.03
_________________________
«George Orwell é homenageado na Catalunha
Por Emma Graham-Harrison
GERONA, Espanha (Reuters) - Os ratos ainda infestam o sítio em que George Orwell se recuperou de um tiro no pescoço, mas restam poucos detalhes que indiquem ao visitante a visão arrepiante do escritor sobre um futuro totalitário.
Os turistas que visitam o noroeste da Espanha hoje ficam cativados por sua assombrosa arquitetura, suas belas praias e montanhas e a vibrante vida noturna. Mas foi uma viagem de seis meses à região, depois da Guerra Civil Espanhola, que ajudou Orwell a converter-se em um defensor da liberdade pessoal.
Foi ali que o autor de "1984" e "A Revolução dos Bichos" foi testemunha de desaparecimentos repentinos, censura e lutas violentas dos rebeldes de esquerda, nas quais morreram cerca de 4.000 pessoas, que serviram depois de base ao mundo apocalíptico de suas famosas histórias.
"Isto é obviamente um embrião de '1984', o terror, o ter que se esconder nas ruas, a censura", disse à Reuters Miguel Berga, especialista na obra de Orwell da Universidad de Barcelona e curador de um nova exposição sobre as experiências do escritor na Espanha.
"Viver em um Estado totalitário foi uma espécie de epifania para ele", disse.
Portanto, é possível que tenha sido o sítio o local inspirador para que Orwell utilizasse ratos para a tortura final do herói de "1984".
Orwell chegou à Espanha um pouco depois do Natal de 1936. Tinha 33 anos e estava disposto a sacrificar sua vida para lutar contra as tropas fascistas do general Francisco Franco, que finalmente triunfaram depois de uma guerra de três anos.
O escritor escapou seis meses antes do triunfo franquista, ferido, desiludido e perseguido. Ele escreveu a crônica de sua experiência nas trincheiras em "Homenagem à Catalunha".
"'Homenagem à Catalunha' vai além da política. Foi a primeira vez que ele realizou seu objetivo principal: fundir a política e a arte", disse Berga.
Agora, um século depois de seu nascimento, a Catalunha celebra sua visão e o seu tributo à região ibérica com a mostra "Viagem à Guerra -- George Orwell na Catalunha e na Frente de Aragón".»
..
Fonte: Reuters, Yahoo Notícias, 28.12.03
15.12.03
Orwell no POUM: Socialismo vs. Estalinismo
Quando chega a Espanha, nos últimos dias de Dezembro de 1936, George Orwell é imediatamente convidado a alistar-se nas milícias do Partido Obrero de Unificación Marxista (POUM). Partido de tendência trotskista, foi combatido no seio da Frente Popular pelos comunistas filiados à União Soviética. A primeira semana em Espanha é passada no Quartel Lenine - controlado pelas milícias do POUM desde o início da guerra -, onde os recrutas recebiam o primeiro treino militar.
A experiência nas fileiras do POUM tanto alimenta a sua crença no socialismo como acentua a sua consciência anti-estalinista. A 15 de Junho de 1937, quando o POUM é ilegalizado e perseguido pelos elementos afectos ao PCUS, Orwell é forçado à clandestinidade. Confirmam-se as suspeitas sobre as mutações na natureza do regime: os dirigentes e militantes do POUM são perseguidos e assassinados. Orwell entende que os comunistas russos traíram e revolução, primeiro no seu país e depois em Espanha. A dimensão do totalitarismo estalinista é então palpável: «[...] Esta aliança, conhecida por Frente Popular, é na essência uma aliança de inimigos, e parece sempre destinada a terminar com um dos aliados a devorar o outro. A única característica da situação espanhola - a qual tem causado muitíssimos equívocos fora de Espanha - consiste no facto de, entre os partidos no Governo, os comunistas não ocuparem uma posição de extrema-esquerda e sim, de extrema-direita». [1]
Porém, não obstante as desilusões e a derrota final, a Guerra Civil Espanhola reforça a crença de Orwell no socialismo: «O que atrai os homens comuns para o socialismo [...] é a ideia de igualdade [...]. E foi neste aspecto que os poucos meses passados na milícia foram valiosos para mim. E foram-no porque as milícias espanholas, enquanto duraram, constituíram uma espécie de sociedade sem classes». [2]
Foto: Janeiro de 1937. Milicianos do POUM no quartel Lenine de Barcelona. Orwell é a figura alta ao fundo.
..
[1] In Homenagem à Catalunha, ed. Livros do Brasil, Lisboa, p. 70.
[2] In Recordando a Guerra de Espanha, Antígona, Lisboa, 1997, p. 127.
A experiência nas fileiras do POUM tanto alimenta a sua crença no socialismo como acentua a sua consciência anti-estalinista. A 15 de Junho de 1937, quando o POUM é ilegalizado e perseguido pelos elementos afectos ao PCUS, Orwell é forçado à clandestinidade. Confirmam-se as suspeitas sobre as mutações na natureza do regime: os dirigentes e militantes do POUM são perseguidos e assassinados. Orwell entende que os comunistas russos traíram e revolução, primeiro no seu país e depois em Espanha. A dimensão do totalitarismo estalinista é então palpável: «[...] Esta aliança, conhecida por Frente Popular, é na essência uma aliança de inimigos, e parece sempre destinada a terminar com um dos aliados a devorar o outro. A única característica da situação espanhola - a qual tem causado muitíssimos equívocos fora de Espanha - consiste no facto de, entre os partidos no Governo, os comunistas não ocuparem uma posição de extrema-esquerda e sim, de extrema-direita». [1]
Porém, não obstante as desilusões e a derrota final, a Guerra Civil Espanhola reforça a crença de Orwell no socialismo: «O que atrai os homens comuns para o socialismo [...] é a ideia de igualdade [...]. E foi neste aspecto que os poucos meses passados na milícia foram valiosos para mim. E foram-no porque as milícias espanholas, enquanto duraram, constituíram uma espécie de sociedade sem classes». [2]
Foto: Janeiro de 1937. Milicianos do POUM no quartel Lenine de Barcelona. Orwell é a figura alta ao fundo.
..
[1] In Homenagem à Catalunha, ed. Livros do Brasil, Lisboa, p. 70.
[2] In Recordando a Guerra de Espanha, Antígona, Lisboa, 1997, p. 127.
Recursos em linha
Com o nome do dirigente do POUM assassinado por elementos estalinistas na Guerra Civil, a Fundación Andreu Nin é fundamentalmente um vasto arquivo da memória do partido. Paulatinamente, alguns daqueles textos e outros recursos serão traduzidos para os Estudos.